trocaria
a suite mais cara
por qualquer pulgueiro
com cheiro de esgoto
te daria o chicote mais áspero
para que me espanques como um colosso
comprarei os sapatos mais imponentes
se tu me pisares com desgosto

todos querem me bajular
encontro em toda parte tanto carinho
que já não posso me consolar
dê-me ordens, me domine, mas
não venhas me consagrar
com flores de poucos espinhos

quero sangrar em teu carpete
gozar culpado aos teus pés
nem precisarei de cobertas, se
me tratares como teu escravo, um qualquer

minha rainha perversa de garras afiadas
me faz farrapo em tua navalha?
se no meio da noite te cansares,
me ponha descalço na estrada

meus pés certamente acharão seu rumo
e de joelhos voltarei a te importunar
sei que não devo, mas me excito
imaginando: como vais me castigar?





























Capacho